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A voz dela
Por força da voz dela, abriu a garrafa de vinho. Ele adora aquele vinil. Noites quentes, noites frias (ainda que prefira as frias) são sempre as melhores noites quando ela canta para ele. Chega de trabalho, chega de ler e reler textos dos outros. Chega de ouvir o que os outros têm a dizer. Eles não significam mais nada, há muito tempo. Vale apenas aquela voz grave que chega a seus ouvidos. E a gravidade daquilo que diz, quase sempre, entram com tanta força que o faz abrir uma garrafa de alguma bebida. Não é sempre que ela vem. Sabe como são essas mulheres, elas cantam, não é todo dia. Vale dizer apenas que quando ela vem e chega com a voz nos ouvidos dele... não há mundo que gire nem tempo que passe. Há o som de sua voz naquele vinil rodando em lugar da terra.
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